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EUA e Rússia avançam em acordo sobre desarmamento da Síria

John Kerry se encontrou com o chanceler russo para conseguir um acordo vinculativo sobre o desarmamento do arsenal químico de Assad.

 

 

Secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, se encontram durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York                  

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, se encontram durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York

Nações Unidas - O secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, realizaram nesta terça-feira uma 'reunião construtiva' para conseguir um acordo vinculativo sobre o desarmamento do arsenal químico da Síria que inclua 'consequências' se esse país não cumpri-lo.

Kerry e Lavrov se reuniram por mais de 90 minutos no Hotel Waldorf Astoria no marco da 68ª Assembleia Geral da ONU, centrados nas negociações para que a Síria elimine seu arsenal de armas químicas, disseram à imprensa funcionários do governo de Barack Obama, que pediram anonimato.

'Foi construtiva. Alcançamos um progresso hoje... se este acordo não for cumprido, haverá consequências', disse uma funcionária, que se negou a detalhar se estas incluiriam o uso da força.

'O que necessitamos é um regime vinculativo, verificável, aplicável, que tenha a melhor possibilidade de iniciar o acordo', disse outro dos funcionários.

Perguntados sobre se poderia haver um anúncio ainda nesta semana, os funcionários só indicaram que EUA e Rússia continuam analisando os textos para evitar 'resquícios' ou 'ambiguidade' no plano para eliminar as armas químicas da Síria.

A reunião aconteceu em um pequeno quarto do hotel que continha uma bandeira russa e um grande retrato do presidente russo, Vladimir Putin, cujo governo serviu de anfitrião ao encontro bilateral, segundo os funcionários.

Um relatório dos inspetores das Nações Unidas confirmou recentemente o uso de armas químicas contra a população civil por parte do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, no último dia 21 de agosto.

A Administração Obama insistiu que prefere resolver o conflito pela via diplomática, mas também deixou em claro que poderia recorrer ao uso da força.

Pressionados várias vezes pelos jornalistas, os funcionários evitaram oferecer detalhes sobre os textos e ressaltaram que 'ainda resta muito trabalho a fazer'.

'Este assunto é muito difícil. Todos queremos que se alcance o mais breve possível', concluiu um dos funcionários.